Nessa obra, foco na representação de pelo menos 2/3 do meu dia, o que me retrata no cotidiano e não se torna diferente do de muitos. Decidi ...

COTIDIANO

Nessa obra, foco na representação de pelo menos 2/3 do meu dia, o que me retrata no cotidiano e não se torna diferente do de muitos. Decidi relatar em mídia afim de desenvolver uma reflexão nos contextos atuais, afinal, o lazer em torno do toque nos foi tirado, mas o risco de um falso distanciamento, está servido. Desde a mãe e suas duas filhas, até o trem em sua lotação mediana, ilustram com maestria o que a classe trabalhadora exerce hoje: ignorância e desrespeito. Ignorância essa por motivos óbvios sobre a necessidade de ficar em casa, desrespeito esse pelos grupos de risco que tanto poderão sofrer em casos positivos. Ódio esse, que o governo direciona para os nossos em seu projeto estrutural capitalista, sendo assim, não é de se surpreender que com essas cenas, ainda que breves, você venha a se indagar e a julgar os motivos que impulsionam tantas pessoas presentes.

Mostro também que ainda que em carros ou motos, todos estão ocupando as ruas de alguma forma, impulsionados por um projeto de ódio ou não, estão lá e assim permanecem. Ainda que se peça distanciamento, peço nessa reflexão, que a crítica seja realizada e repensada, de onde vem e para onde irá.

Deixo ao final, a imagem do protesto carcerário que vem acontecendo e sendo anulado pela imprensa, a cada ponte da marginal se tinha pendurado um tecido como filmado contendo frases de resistência e súplica, o sistema de vigiar e punir relatado por Foucault grita.

https://youtu.be/ooXna7YaVgQ


Amanda Lopes Pereira - 8914044 - Turma: 092204A07
“Cotidiano” – 2020, feito com a câmera do celular, 3:20


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